sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"E as feridas dessa vida... eu quero esquecer?!"

Ontem eu estava ávida por vir aqui e poder escrever alguma coisa... na verdade, muitas coisas! Minha cabeça ficou maquinando o tempo todo.

Eu estou entrando (ou pelo menos tentando entrar) em um processo de autoconhecimento que está me deixando meio maluca (graças à leitura da biografia do Freud + dramas da vida pessoal). Tem muita repressão envolvida, muitas contradições, medo, angústia.

Ontem eu estava lendo um texto para a faculdade e de repente prestei muita atenção no trecho de uma música - que não é nova para mim e nem faz parte do meu repertório - que dizia assim "E as feridas dessa vida eu quero esquecer". Acho que o compositor quis dar um tom de afirmação para ela, porém, para mim, ela ficou apenas por uns 2 segundos como afirmação porque aí eu pensei... Eu quero MESMO esquecer as feridas dessa vida? E o que eu aprendi com elas? Como saberei me proteger, se eu esquecer do que vivi?

Aí hoje eu pensei - de novo - que tudo na vida tem seu lado bom e ruim - ô novidade! Mas é que eu não quero ver só o lado ruim da coisa, sabe? Embora se sofra, também aprende-se, muda-se, transforma-se! E eu acho que, depois de umas pancadas aí, eu mudei para melhor (aplausos!).

No entanto, eu não ousaria dizer que isso me fez sofrer menos. Ainda sofro, sofro muito! E o tempo, cada vez mais tenho certeza, é mesmo relativo. Quanto é muito tempo para você? Quanto tempo se leva para superar uma dor? Ou para que, pelo menos, ela não venha a te machucar tanto?

(Perguntas, por enquanto, sem respostas).

E ontem eu tive umas coisas físicas. Do tipo pensamentos que suscitam taquicardia, lágrimas e falta de ar. Esses dias tô sentindo muito isso, tô me contendo, não compartilho com ninguém. Tô pensando seriamente em me fechar... Até que eu possa confiar de novo, até que eu tenha com quem falar e depois não ter que ouvir isso jogado contra mim, sabe?

Andrea Doria...

E é por isso que esse blog surgiu com o intuito de ser "anônimo". Anônimo porque "sem nome" e não porque sem vida ou verdade. Este é, por ora, o canal que tenho para me libertar.

JG

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